domingo, 25 de maio de 2014

AMOR - UMA VISÃO FILOSÓFICA

Amor é sentimento; alguma coisa que você senti. Mas ora, isso é o obvio.

Nem tão obvio assim! Seu perguntar qual o sentimento corresponde a dor ou ao calor.  você vai ter uma ideia mas concreta, mas palatável, como por exemplo, a lembrança da dor que você sentiu quando bateu com o joelho na quina do centro da sala, ou mesmo do dia de sol super calorento.

Estes sentimentos quando instados nos remete a situação concreta. 

Todavia, o mesmo não é tão simples com o amor.  Já imaginou alguém quando diz Eu Te Amo a uma pessoa, e esta pessoa retruca e diz: Explique-se (Que saia justa!) não tenha esse que diga algo próximo da definição precisa do que é amor.

 O amante pode dizer que ama porque pensa na pessoa ou coisa 24h, que não saí de sua cabeça, que a pessoa ou coisa é essencial a sua vida. Entretanto, este não é nosso objetivo, sair pela tangente com definições abstratas e enroladas não é nosso propósito, também não é nosso escopo a conclusão simples e fácil de que o Amor não tem explicação, se assim fosse ninguém saberia dizer o que se passava quando sentisse calor, dor, tristeza. 

A dor, calor, tristeza são sentimentos que se identifica com facilidade. O amor não é fácil de se identificar.

Começamos dizendo que amor é uma referência. É uma referência para ética. 

Ética não é sentimento, e sim, pensamento. É o esforço da razão para tentar conviver. Partimos do princípio de que esse esforço ético independe do que nós sentimos, independe dos sentimentos. Ou seja, não é preciso, por exemplo, amar para ser ético. 

E sabe por que independe dos sentimentos (?), porque a ética imita o amor. Portanto, já que não você ama faça como se amasse. Isso é ser ético: agir como se amasse. 

A generosidade e tolerância são virtudes da ética. Logo, nunca confunda amor com essas virtudes.

Generosidade é a virtude ética que faz você abrir mão do que é seu e transferir para o outro. 

Quanto a tolerância recorremos ao dicionário: Tolerância é adisposição de admitir, nos outros, modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos nossos: na vida social, a virtude mais útil é a tolerância (dicionário online português).

Dessa formar, cuidado para não confundir amor quando você se sacrifica para ir no show de "pressão hits" só porque sua amada gosta de dançar e curte a letra da música: "subidinha, sobe sobe sobe; descidinha, desce desce desce". Tá certo que exagerei, mas considere então um show zeze de camargo e luciano ou anite A Super Poderosa. Isso é Tolerância, E Que Tolerância!!!

Partimos agora para a notícia triste: O amor é escasso; O amor acaba. 

Pegamos por exemplo o amor carnal. O amor pela sua amada requer e exigi uma certa exclusividade. Certo! Considerando, entretanto, o que foi dito, o que fazer quando o amor acaba?

Deixe eu salientar que quem disse que o amor acaba não foi eu, foi nada mais nada menos que Santo Augostinho - uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo. 

O que fazer quando o amor acaba. Será que por não amarmos podemos matar, trair, humilhar, mal tratar e etc. 

Santo Augustinho disse: "Ame e faça o que quiser". Você quando ama está livre de qualquer sentimento impuro e hostil.

Podemos indagar o seguinte: quer dizer que toda vez que o amor acabar a selvageria reinará. A resposta é não, porque entre a os dois extremos, amor e ética, existe uma coisa chamadas virtudes éticas (moral).

Demonstrado aqui a importância dos valores morais, pois, configura uma alternativa diante da escassez do amor. Dessa forma, já que você não ama, e para não cair na selvageria, só nos resta, a ética, a moral.

 Já que você não ama, imite o comportamento de quem ama. Isso é ser ético.  

Quem não ama, imite o comportamento de quem ama. Quem ama dá por amor. Quem não ama dá, mas dá na moral. 

Amor é modelo e moral é cópia. 

Aguardem as cenas dos próximos capítulo, poque ainda vamos ver amor na visão de Platão, Aristóteles e Jesus Cristo.