Amor é sentimento; alguma coisa que você senti. Mas
ora, isso é o obvio.
Nem tão obvio assim! Seu perguntar qual o sentimento
corresponde a dor ou ao calor. você vai
ter uma ideia mas concreta, mas palatável, como por exemplo, a lembrança da dor
que você sentiu quando bateu com o joelho na quina do centro da sala, ou mesmo
do dia de sol super calorento.
Estes sentimentos quando instados nos remete a situação
concreta.
Todavia, o mesmo não é tão simples com o amor. Já imaginou alguém quando diz Eu Te Amo a uma
pessoa, e esta pessoa retruca e diz: Explique-se (Que saia justa!) não tenha
esse que diga algo próximo da definição precisa do que é amor.
O amante pode
dizer que ama porque pensa na pessoa ou coisa 24h, que não saí de sua cabeça,
que a pessoa ou coisa é essencial a sua vida. Entretanto, este não é nosso
objetivo, sair pela tangente com definições abstratas e enroladas não é nosso
propósito, também não é nosso escopo a conclusão simples e fácil de que o Amor
não tem explicação, se assim fosse ninguém saberia dizer o que se passava
quando sentisse calor, dor, tristeza.
A dor, calor, tristeza são sentimentos que se
identifica com facilidade. O amor não é fácil de se identificar.
Começamos dizendo que amor é uma referência. É uma
referência para ética.
Ética não é sentimento, e sim, pensamento. É o esforço
da razão para tentar conviver. Partimos do princípio de que esse esforço ético
independe do que nós sentimos, independe dos sentimentos. Ou seja, não é
preciso, por exemplo, amar para ser ético.
E sabe por que independe dos sentimentos (?), porque a
ética imita o amor. Portanto, já que não você ama faça como se amasse. Isso
é ser ético: agir como se amasse.
A generosidade e tolerância são virtudes da ética. Logo,
nunca confunda amor com essas virtudes.
Generosidade é a virtude ética que faz você abrir mão
do que é seu e transferir para o outro.
Quanto a tolerância recorremos ao dicionário:
Tolerância é adisposição de admitir, nos outros, modos de pensar, de agir e de
sentir diferentes dos nossos: na vida social, a virtude mais útil é a
tolerância (dicionário online português).
Dessa formar, cuidado para não confundir amor quando
você se sacrifica para ir no show de "pressão hits" só porque sua
amada gosta de dançar e curte a letra da música: "subidinha, sobe sobe
sobe; descidinha, desce desce desce". Tá certo que exagerei, mas considere
então um show zeze de camargo e luciano ou anite A Super Poderosa. Isso é
Tolerância, E Que Tolerância!!!
Partimos agora para a notícia triste: O amor é escasso;
O amor acaba.
Pegamos por exemplo o amor carnal. O amor pela sua
amada requer e exigi uma certa exclusividade. Certo! Considerando, entretanto,
o que foi dito, o que fazer quando o amor acaba?
Deixe eu salientar que quem disse que o amor acaba não
foi eu, foi nada mais nada menos que Santo Augostinho - uma das figuras mais
importantes no desenvolvimento do cristianismo.
O que fazer quando o amor acaba. Será que por não
amarmos podemos matar, trair, humilhar, mal tratar e etc.
Santo Augustinho disse: "Ame e faça o que
quiser". Você quando ama está livre de qualquer sentimento impuro e
hostil.
Podemos indagar o seguinte: quer dizer que toda vez que
o amor acabar a selvageria reinará. A resposta é não, porque entre a os dois
extremos, amor e ética, existe uma coisa chamadas virtudes éticas (moral).
Demonstrado aqui a importância dos valores morais, pois,
configura uma alternativa diante da escassez do amor. Dessa forma, já que você
não ama, e para não cair na selvageria, só nos resta, a ética, a moral.
Já que você não
ama, imite o comportamento de quem ama. Isso é ser ético.
Quem não ama, imite o comportamento de quem ama. Quem
ama dá por amor. Quem não ama dá, mas dá na moral.
Amor é modelo e moral é cópia.
Aguardem as cenas dos próximos capítulo, poque ainda vamos ver amor na visão de Platão, Aristóteles e Jesus Cristo.